domingo, 31 de outubro de 2010

Saudades...




Nossa eterna turma!

          Vocês fizeram falta nas nossas vidas durante todo o semestre.
      Professora Fátima, levaremos tudo que nos passou em nossa longa caminhada. Obrigada pelo carinho, conhecimento e serenidade contida em suas mediações. 

Saudades...

Débora e Clara

Encerrando o semestre...


    

         Durante este 3 º semestre de pedagogia, percebemos a falta que faz a tutora local, já que ficamos totalmente EaD. Contando apenas com a presença dos tutores virtuais e das atividaes postadas no AVA. Percebemos também, a importânica do trabalho em equipe. Em relação ao conhecimento, descobrimos muito sobre a importância e a real função da Escola, em especial do educador, para a democratização verdadeira do conhecimento na sociedade atual.
      Através da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica III - PPP III, percebemos a necessidade de pesquisar, sabendo que a ciência é algo para se questionar e refletir  não para termos como verdade absoluta. Percebemos também que, apenas o conhecimento científico não produz aprendizagem significativa, temos que respeita os diferentes conhecimento encontrados em sala de aula para que seja enfim realizado um ensino de qualidade.
      Na disciplina Currículo entendemos a necessidade de trabalharmos baseadas na interdisciplinaridade, unindo todos os temas em um só, para que o conhecimento não seja fragmentado.
       A disciplina Didática atentou-nos para a nova visão que a escola necessita ter do aluno, compreendendo-o como ser pleno em sua totalidade, valorizando seus conhecimentos prévios, sua história de vida e suas especificidades propondo momentos que sejam propicios para o desenvolvimento das habilidades possíveis, percebemos também a necessidade de discutir o papel do planejamento na prática pedagógica, seus limites e potencialidades.
     Com a disciplina Educação e Tecnologia atentamos para o papel das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) frente ao novo paradigma da educação contemporânea e percebemos a necessidade de desenvolver conhecimentos e habilidades para a utilização de metodologias, ferramentas interativas e recursos didáticos disponíveis na web na prática docente.
      A disciplina Educação e Sexualidade nos fez ampliar a compreensão da sexualidade como dimensão e expressão da personalidade e a importância da educação sexual neste contexto.
      Já a disciplina Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem  nos fez refletir sobre a necessidade de analizar a infância na perspectiva sociocultural do desenvolvimentoa. Levando em concideração os fenômenos do desenvolvimento e da aprendizagem de crianças e adolescentes a partir das contribuições de teorias psicológicas.
      Conhecemos mais sobre a disciplina Filosofia, ampliando as perspectivas pessoais a partir do relacionamento com as múltiplas formas de pensamento.
      Enfim, concluimos que o maior aprendizado é entender que para sermos boas profissionais na aréa educacional é obrigatório sermos questionadoras, pesquisadoras, críticas, reflexivas... Senão todos esses aprendizados não sairão do papel, a teória de nada adiantará se não formos praticantes. O conhecimento não é instável, ele está a todo momento se modificando na nossa interferência com o mundo.



Opa!!! o semestre ainda não acabou, 
por isso, pegue caneta e papel e se agende.





       Entre os dias 25 de outubro e 18 de novembro, estarão abertas inscrições gratuitas para o I Fórum Internacional de Educação, Diversidade e Identidades – Gênero, Raça e Educação nos Países da Diáspora depois de Durban, através do site www.fiedi.com.br.

      O evento, dirigido a professores da rede pública municipal e pessoas ligadas a entidades que atuam nas áreas relacionadas ao tema, acontecerá nos dias 25, 26 e 27 de novembro, no Hotel Pestana (Rio Vermelho).

      Os organizadores pretendem reunir cerca de 500 pessoas do Brasil, da Nigéria e dos Estados Unidos em torno de mini-cursos, workshops, mesas de discussões, exposição, lançamento de livros e show de encerramento, onde o tema central será a intersecção de gênero-raça e educação.

     Promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Secult), através do Fundo Municipal para o Desenvolvimento Humano e Inclusão Educacional de Mulheres Afrodescentes (Fiema) e Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico (CENAP), o evento foi idealizado pela Tsedakah – Tecnologia e Humanidades.

     Com o Fórum, a Secult pretende multiplicar as discussões e os resultados dentro da rede municipal de educação. Para tanto, todas as propostas retiradas resultarão em recomendações, que nortearão as políticas públicas na capital baiana. “Nosso objetivo é promover a superação das discriminações, sejam elas da ordem do racismo, sexismo ou homofobia”, frisou o secretário Carlos Soares.

Homenagem a Cosme de Farias

       

Parte de trabalho apresentado no segundo semestre.

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Não deixem de assistir!

Giordano Bruno




Sinopse:

O filósofo, astrônomo e matemático Giordano Bruno foi um dos maiores pensadores do Século XVI e um dos percursores da ciência moderna. Nascido em Nola (Itália), expulso da Ordem dos Dominicanos por suas idéias conflitantes com a ortodoxia religiosa, viajou por toda a Europa, tendo sido conselheiro de príncipes e reis.
Suas idéias metafísicas eram monistas e imanentistas, admitindo que acima de um deus imanente (a "alma do mundo"), haveria um deus transcendente, só apreendido pela fé, mas uma fé inteiramente naturalista, bem diversa da fé cristã.
Processado pela Inquisição de Veneza, preferiu retratar-se (como Galileu), mas seus inimigos conseguiram que fosse mandado a Roma, onde respondeu a novo processo.
O filme de Guiliano Montaldo, retrata o processo romano, no qual Giordano Bruno recusou qualquer retratação, sendo condenado e queimado vivo no ano de 1600.
Além do desempenho seguro de Gian Maria Volonté, o grande destaque do filme é a fotografia de Vittorio Storaro. Usando archotes para iluminar as principais cenas, ele consegue efeitos visuais impressionantes, sobretudo na caminhada de Bruno para a morte, pelas ruas de Roma.

Elenco:
Gian Maria Volonté ... Giordano Bruno
Charlotte Rampling ... Fosca
Hans Christian Blech ... Sartori
Mathieu Carrière ... Orsini
Renato Scarpa ... Fra Tragagliolo
Giuseppe Maffioli ... Arsenalotto
Massimo Foschi ... Fra Celestino
Mark Burns ... Bellarmino




Uma mente Brilhante




Sinopse:

É um drama intensamente humano, inspirado nos eventos da vida de um gênio de verdade - o matemático John Forbes Nash, Jr. Nascido numa família de classe média numa pequena cidade de West Virginia, ele fascinou o mundo intelectual há mais de 50 anos com uma surpreendente descoberta. Seu trabalho pioneiro sobre a "teoria do jogo" tornou-o o astro da "Nova Matemática" na década de 50 - mas sua ascensão mudou de rumo drasticamente quando seu brilhantismo intuitivo foi afetado pela esquizofrenia. Enfrentando desafios que destruíram muitas outras pessoas com essa doença, John Nash lutou com a ajuda de sua devotada mulher, Alicia, e, depois de décadas de dedicação, conseguiu superar a tragédia e chegou até a receber o Prêmio Nobel de 1994. Lenda viva, o matemático continua envolvido em seu trabalho até hoje.


Elenco:


Russell Crowe... (John Forbes Nash Jr.)
Ed Harris ...(William Parcher)
Jennifer Connelly ...(Alicia Nash)
Paul Bettany ...(Charles)
Adam Goldberg ... (Sol)
Vivien Cardone ...(Marcee)
Judd Hirsch ...(Helinger)
Josh Lucas ...(Hansen)
Anthony Rapp ...(Bender)
Christopher Plummer ...(Dr. Rosen)
David B. Allen ...(John Nash Jr. - 13 anos)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dicas de leitura

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Ensino-aprendizagem de qualidade.


      
 Depoimento de uma educadora.



      Meu nome é Silvana da Silva Antunes. Sou Professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, formada pela Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC Ead.

      Em minhas aulas procuro trabalhar com a premissa de que o conhecimento não é diretamente transmitido, mas sim construído ativamente pelo aprendiz. Na verdade o conhecimento científico é adquirido sim na graduação, mas é na prática que nós, profissionais docentes podemos “testar” nossa capacidade técnica, a qual será compartilhada através de interação entre o aprendiz e o Educador.

      O que mais me interessa é que meus alunos possam compreender sua origem, sua sociedade, pois acredito que desta forma eles conseguiram adquirir todo o conteúdo necessário para que possam torna-se cidadãos responsáveis e conscientes de sua própria existência.

      Em suma, a “equação” é simples: conteúdo adquirido na graduação + respeito às diferenças/ às tradições = ensino-aprendizagem de qualidade.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Entrevistas: A voz dos alunos

      Entrevistamos dois alunos no intuito de conhecer o cotiadiano escolar  de cada um deles e  saber como eles vêem a mediação do conhecimento. Será que eles gostam do método utilizado pela escola? Será que gostam do ambiente escolar que lhes é proporcionado? E o professor atende a expectativa deles? Vamos ver então o que eles nos contam.

Aluno 1
Kécia Catarino - 7 anos
Estudante do 1º ano fundamental- escola pública.

  • O  que você acha da escola?
KC - gosto da escola, acho um lugar legal onde posso encontrar minhas amigas, brincar, conversar e estudar. Quando eu chego na escola as pessoas me tratam bem, tenho muitos amigos lá.

  • Você gosta das aulas?
KC - gosto das aulas. A professora é muito divertida, ela canta com a gente e brinca também. Só não gosto quando ela passa nuita tarefa, pois, fico cansada de escrever.

  • O professor consegue passar segurança no que diz?
KC - sim. acho a minha professora a pessoa mais inteligente que conheço. Ela sabe tudo.

  • O que você acha mais interessante nas aulas?
KC - o que eu mais gosto na aula é a hora da cantiga, pois, adoro cantar. Quando crescer quero ser cantora.
 

Aluno 2

Poliana Samuel - 12 anos
Estudante do 3º ano do fundamental - escola pública

  • O que você acha mais interessante na escola?
PS - As aulas de informática, pois, ano passado eu não conseguia ler nenhuma palavra, só conhecia o meu nome e o alfabeto. Com o inicio da aula de informática já consigo ler e formar várias palavras.

  • Você gosta de estudar?
PS - gosto, mas as professoras não tem tanta paciência comigo, e tenho 3 anos no 3º ano, antiga 2ª série do fundamental I. tenho esperança que este ano eu passe para outra série.

  • As aulas são divertidas?
PS - são. A professora, desse ano, brinca com a gente na sala e canta também. Ela deixa a gente brincr no intervalo das aulas.

Resenha crítica do artigo: EPISTEMOLOGIA e CONHECIMENTO CIENTÍFICO: Refletindo sobre a construção histórica da ciência através de uma docência investigativa.

GALERA, Joscely Maria Bassetto

EPISTEMOLOGIA e CONHECIMENTO CIENTÍFICO: Refletindo sobre a construção histórica da ciência através de uma docência investigativa.
  

Resenhista: Maria Clara Macena
    
  No texto em questão, a autora reflete sobre a necessidade de ensinar ciência, não como uma verdade absoluta, mas como algo que precisa ser questionado. Mostrando que o processo de ensinar ciência não é transmitir conhecimentos, mas estimular o indivíduo a criticar, questionando as possibilidades para produzir a ciência.
      Faz parte do indivíduo aceitar os conceitos ditados pela ciência, esses conceitos é passado para o senso comum como algo que não se discute. O entendimento de ciência vai além da aceitação, é inquietação, significa conhecimento, sabedoria, a procura pelo saber,
      Segundo a autora foram os gregos os primeiros a se preocuparem com as condições de formação do conhecimento. Pois eles não criaram apenas a Filosofia, mas sistematizaram uma forma de saber. A mesma concorda com Platão quando afirma que toda coisa possuía uma forma ou idéia, isto é uma essência imutável que existia fora do espaço temporal, fora do mundo sensível. Aristóteles sucessor de Platão compreendia em contrapartida, que estas formas existiam pela possibilidade concreta da nossa relação com as coisas. Baseada nas contribuições de Newton, ela adere a fundamentação onde tudo que não é deduzido através dos fenômenos é uma mera hipótese e esta não tinha vez na sua filosofia empírica.
      A professora afirma que o cientificismo de Newton pelo endutivismo e empirismo gera uma forte e cega confiabilidade na ciência.
      O século XX vai se destacar como século que discutiu a ciência que colocou em questão sua evolução. A escola de Frankfurt partirá de uma revisão crítica de Marx, Hegel, Kant, Freud, Nieztche, entre outros. São representantes desta escola  Horkheimer, Adorno,  Benjamim,  Marcuse,  Fromm e  Habermas. Estes autores pretendem uma teoria crítica da sociedade contemporânea, a partir de uma avaliação dos processos sociais do nosso tempo como o nazismo, o estalinismo, o fascismo e os percalços do capitalismo que exprimem a crise da razão, configurada no positivismo.
      No texto percebe-se a caracterização do século XIX pela descoberta da historicidade do homem, da sociedade, das ciências e das artes, onde a filosofia foi influenciada por esse progresso, mas a evolução da historia colocou tal progresso em questão e fizeram com que cientista e filosofo desconfiasse da capacidade dos humanos de criar e manter uma sociedade mais justa.
      No decorrer do mesmo século o autor ainda nos mostra que as escolas ainda vão manter o modelo positivista. Porém outras escolas tentaram superá-las, mostrando que não existe um projeto único que englobe humanidade o que existe são muitos projetos de cada grupo, de cada cultura, de cada individuo.
      Ela conclui o texto, afirmando que o docente ao ensinar ciência coloca em prática o modelo epistemológico como se houvesse um caminho para uma única verdade. É preciso criar indivíduos críticos, pesquisadores e inconformados, que tenha vontade de ir além do que é medido, do que é dado nas mãos, o primeiro passo é o questionamento, não tendo a ciência vista como algo absoluto.

Fichamento do artigo: Epistemologia e Conhecimento Científico...



EPISTEMOLOGIA e CONHECIMENTO CIENTÍFICO: Refletindo sobre a construção histórica da ciência através de uma docência investigativa.
GALERA, Joscely Maria Bassetto

 
“Faz parte da nossa cultura aprovar tudo o que é dito pela ciência. Foram os cientistas que disseram, então está aprovado, é certo, é verdadeiro. É com essa cultura passiva da certeza sobre o produto da ciência, que uma disciplina que pretende ensinar seus métodos como metodologia científica deve se preocupar.”(pag. 01)

      Um professor de metodologia científica deve fazer o individuo refletir sobre os produtos da ciência. As pessoas precisam aprender a questionar, e é dessa forma que a ciência evolui, a maioria delas não tem interesse em discutir o que é certo ou errado, apenas esperam que a ciência descubra e justifique o que foi descoberto. Apenas isso basta, como se a ciência fosse absoluta, sem perceber que ela está a todo o momento se evoluindo.

“Como diz (SANTOS: 2000), nunca como em nossos dias, houve tantos cientistas filósofos. É preciso questionar o que se faz em ciência, o que se diz sobre ela, como e para quê ensinamos suas regras. A palavra ciência vem do latim (scire) e significa conhecimento, sabedoria. Donde deriva também a palavra consciência, conhecer alguma coisa é ter consciência de sua existência.” (p. 02)

      É necessário que as pessoas sejam reflexivas, busquem informações, sejam transformadoras. A ciência necessita de questionamentos. Por isso as pessoas são tão importantes nestes processos de desenvolvimento. É a capacidade de questionamento quem acende a necessidade de conhecimento.
Através das inquietudes dos cientistas que o mundo se transforma.

“Não podemos aplicar o método, nem ensinar as regras sem antes estimular uma crítica que seja dentro de estruturantes filosóficas e éticas, que venha ou surja do encontro de uma compreensão mais ampla do que é metodologia científica, pois não pretendemos ensinar que a ciência supere o homem, mas sim que o complete! Sendo assim, a construção histórica da ciência através de um olhar investigativo, proporcionará um novo equilíbrio entre adaptação e a criatividade.” (p. 08)

      Os educadores devem estar preocupados com o exercício da profissão, observando as regras e transmitindo-as da melhor maneira possível. Estimulando o individuo na busca pelas descobertas. As pessoas estão acostumadas a decorar informações necessárias, porém, não questionam e não reivindicam, como se a verdade fosse única e absoluta.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Resenha crítica do artigo: A prática pedagógica e a construção do conhecimento científico


a necessidade de “quebra” do paradigma dominante para um tempo de não-determinismos.



Pietrobon, Sandra Regina Gardacho. A prática pedagógica e a construção do conhecimento científico.

 
Resenhista: Débora Oliveira Campelo

 

O artigo de Sandra Regina Gardacho Pietrobon, aluna do Mestrado em Educação da PUC-PR e professora do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro Oeste, intitulado: A prática pedagógica e a construção do conhecimento científico, tem como objetivo apresentar a evolução do conhecimento de forma sucinta mostrando suas rupturas. Apresentar a influência do paradigma dominante da ciência nas áreas do conhecimento. E também apontar discussões acerca do paradigma emergente, e sua relação e relevância na pratica docente e a transformação dos discentes a partir da mesma.
Durante toda história da humanidade até a contemporaneidade passamos por varias formas de se conceber o conhecimento. Mas, afinal o que é conhecimento? Conhecer é tornar coerente, inteligível, possível de ser explicado, para isso se faz necessário uma relação entre o sujeito e o objeto (o ato de conhecer), onde a partir de conhecimentos prévios o sujeito explica a “coisa” a ser conhecida.
A autora faz um pequeno historiar para nos mostrar a evolução do conhecimento até chegar no estado atual dele para isso passa pela Grécia Antiga, Idade Média e Renascimento nos apresentando o conhecimento justificado pela fé até a visão antropocêntrica do séc. XIII. Mas o ponto que será abordado durante boa parte deste artigo é o conhecimento a partir da modernidade, pois ai é que acontece a separação do conhecimento filosófico e cientifico, onde a influencia teológica dá lugar a uma perspectiva racional onde normas e formas de organização e conhecimentos deixam de ser absolutas e indiscutíveis, favorecendo a um espírito critico e objetivo diante dos fenômenos sociais.
Um ponto importante também é a relevância dada ao positivismo já que Comte vem considerar a ciência paradigma para as outras formas de conhecimento, estabelecendo a lei dos Três Estágios, e a partir dela hierarquizou as ciências. O positivismo tem como característica do seu método a anulação do individuo, observação e experiência, mas foi tido como insuficiente no estudo do homem e da sociedade.
As ciências humanas então criaram seu próprio modelo de ciência que se constituiu de três estágios a ruptura, a construção e a constatação, mostrando que o conhecimento não se dá de forma passiva, mas, ativa através de estágios de movimentos. Em outro momento do artigo a autora nos apresenta o significado de paradigma para falar da influencia do mesmo (dominante) nos campos do conhecimento, para isso utiliza KUHN (1994, p. 218). Aqui utilizarei o que mais achei de acordo, onde traz o paradigma como soluções concretas, valores, modelos exemplos e etc..., partilhadas por membros de uma determinada comunidade, permitindo a compreensão e explicação de aspectos de realidade. Utiliza também Morin dizendo que é uma relação dominadora e determinante para o curso de todas as teorias, noção nuclear lingüística e ideológica. E por fim utiliza-se de Capra para ampliar o sentido da palavra, concebendo o mundo como um todo e não dicotômico.
A autora faz uma critica ao sistema escolar vigente mostrando a influência do paradigma dominante nas salas de aula, na medida que influencia normas e padrões comportamentais aprisionando o individuo e tornando-o passivo, sendo o professor altamente mecânico em suas ações, não movendo o aluno na busca de conhecimentos. Para melhor explicar seu pensamento a autora passa rapidamente por três abordagens do ensino a Humanista, a Escalonovista e a Tecnicista tidas como reprodutoras de conhecimento influenciadas pelo paradigma dominante.
Coma crise do paradigma dominante que se deu a partir da física quântica e do teorema da incompletude e da impossibilidade, nos progressos da química da física e da biologia. Surge um novo tempo de não determinismos, de interpretação e não mecanicismo, dando espaço ao conhecimento crítico necessário aos sujeitos no sentido de “quebrar” com a passividade e a submissão. Sendo necessário para isso investir em profissionais e em sua formação, atualização, satisfação pessoal e profissional, para que a escola não continue parada no tempo. O profissional deve ter autonomia para decidir sobre seu trabalho e suas necessidades, estar sempre em busca de novas respostas e novos caminhos e não simplesmente ser um cumpridor de ordens e tarefas, deve-se romper com o individualismo pedagógico, ser um educador cheio de inquietudes, curiosidades, e em busca constante de conhecimentos, reforçando e proporcionando fundamentos e se mantendo a par das inovações e exigências da atualidade. Faz-se necessário, estar em processo constante de ação-reflexão-ação, sabendo observar a si próprio e se auto-avaliar, lidando com pensamentos divergentes, com diferenças culturais e socioeconômicas. Estar em eterno processo de construção, desconstrução e reconstrução, pois sempre há a possibilidade de mudança, de contradição para assim surgir novas descobertas.
O educador deve estar aberto ao conhecimento, percebendo o mundo que está fora da sala de aula, para melhor perceber seu aluno, saber do que ele precisa, e qual a linguagem para obter um melhor dialogo com ele, obtendo dessa forma um encontro.                                                                           Isto não pode de forma nenhuma, encontra-se somente em um lindo discurso, mas, deve ir para prática diária de um educador no sentido de superar a visão fragmentada de conhecimento, ampliando-a para isso a autora sugere a “visão sistêmica ou holística, com abordagem progressista (embasada em Paulo Freire) e o ensino com pesquisa” no sentido de não dar deixar espaços para a reprodução do saber por partes de educando e educadores. A autora deixa como proposta a pedagogia relacional no intuito de perceber o aluno como ser em constante processo de aprendizado.
A discussão sobre currículo e suas teorias faz-se de suma importância para a sociedade acadêmica que vive um processo de (r)evolução em relação as teorias mencionadas, buscando diminuir as desigualdades hierarquizadas do conhecimento, dando a abertura a outras áreas de estudos (gênero, raça/ etnia, relações de poder e diversidade cultural), desejando que se faça a concretização destes pensamentos e discussões.
A escola é uma instituição reprodutora de uma cultura e o currículo é o meio por qual se é difundida a mesma. Digo “uma” cultura, pois através do currículo ainda é disseminada conhecimentos, normas, símbolos, crenças e discursos que limitam, separam, que desqualificam e que estipulam o que é “bom” e “ruim” de maneira errônea. Precisamos de um currículo democrático libertário que rompa com o paradigma dominante, tradicional, conservador, que seja ponta de chegada e partida, que nos dê a oportunidade de exercer-mos de forma ampla nossos saberes.

Fichamento do artigo: O papel do texto de divulgação científica na formação do aluno adolescente.



SANTOS, Gerson T. O papel do texto de divulgação cientifica na formação do aluno adolescente. Disponível em: http://www.alb.com.br/anais14/Sem14/C14028.doc



      O autor através de avaliação feita pela UNESCO, vem informar aos seus leitores que o Brasil obteve uma das piores classificações onde se avaliaram alunos de 15 anos em três áreas tidas essências de acordo o ensino formal para sociedade. Mas, seu intuito nos apresentando estes dados é nos alertar para relevância acerca da leitura e sua informação escrita.
      Várias causas são apontadas (pobreza, família, políticas educacionais) no sentido de responder a má situação do Brasil sobre este tema. No entanto, descobriu-se que apesar de todo problema exposto, existem pessoas que lêem por prazer e estas independente de qualquer situação são ótimos (as) leitores. Assim, o autor nos oferece questões no que tange a importância do gênero textual divulgação cientifica, no sentido de dar aos alunos instrumentos necessários para lidar com os desafios encontrados no mundo contemporâneo, que pede incessantemente uma pessoa capaz de ter acesso a uma gama de informações, ler-las, analisá-las e inter-relaciona-las, ampliando o universo de cognição já existente. Para isso faz-se necessário um profissional que conheça, saiba o utilizar da maneira correta e o mais importante que saiba dar o devido valor ao texto cientifico. Não dar valor somente ao objeto central, pois assim só estimulará a memorização e não a compreensão do texto.
      Os textos de divulgação trabalham em um nível intermediário de conhecimento, fazendo com que a leitura clara e objetiva se torne acessível para os leitores discentes estimulando a interação e a curiosidade. Porém, é necessário que haja um mediador que saiba mostrar o que há por detrás do texto, já que num texto há aquele que produz, se produz, o faz para alguém, e há interesses ocultos neles, sejam comercias ou ideológicos. O papel deste mediador é fazer com que o leitor analisando criticamente estes textos e entendendo-os faça um melhor aprendizado e aproveitamento dos conhecimentos obtidos. Por isso a necessidade de informar alguns aspectos pedagógicos do discurso DC, que são utilizados também pelo discurso científico, no intuito de deixar visíveis conceitos, propósitos e metodologias. O autor cita alguns que julga mais importante. A definição (essencial na enunciação de características próprias de um objeto ou idéia, podendo ser referencial ou semântica e formada por termo, cópula, gênero e diferenças); Nomeação (nomeia um objeto cujas características já foram anunciadas); Exemplificação, comparação, metáfora e parafrasagem (Traz um fato, uma idéia, um conceito para o cotidiano do leitor). Utiliza-se também de objetividade (discurso da autoridade, apagamento dos sujeitos) e da construção de interpretantes que dão idéia de certeza. Estes recursos são utilizados para que a linguagem esteja totalmente acessível ao leitor (seu universo).
      Conclui o autor que o gênero DC é de fundamental importância para formação do discente, devendo ser usada por docentes de áreas diferenciadas, desde que sejam trabalhados com os alunos os recursos acima mencionados, para que o mesmo esteja devidamente instrumentalizado no sentido de utilizar de forma correta e consciente no seu cotidiano. Permitindo assim uma facilidade maior para um aprendizado que o possibilite relacionar, organizar, construir e articular raciocínios e conhecimentos, além de incluí-lo em outros “universos’ sociais (ciberespaço).     
  

Apresentando o blog

      Desde o nascimento a criança passa por um processo contínuo de aprendizagem que se prolonga por toda vida, resultando assim, na produção da personalidade e do conhecimento que se dá de forma singular em cada sujeito.
      A escola tem um papel importante na assimilação de conhecimentos, condutas e valores. Já que, com suas ações e práticas pedagógicas transmitem valores e padrões de formas diversas, influenciando continuamente do Jardim de Infância a vida adulta.
      Além destas normas e valores a escola nos permite saborear a ciência, nos desafiando a todo instante, no sentido de fazer-nos agentes produtores de ciência. Ciência essa, que seja útil no nosso dia-a-dia, que nos ajude a responder perguntas bobas e difíceis e que nos formem cidadãos conscientes e críticos.
      Neste blog você encontrará trabalhos produzidos por Débora Campelo e Maria Clara Macena que foram apresentados à disciplina de Pesquisa e Prática Pedagógica do terceiro semestre do curso de Pedagogia da UNIFACS – Laureate. Encontrará também entrevistas, depoimentos, vídeos, sugestões de filmes, livros e muito mais.