quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Resenha crítica do artigo: EPISTEMOLOGIA e CONHECIMENTO CIENTÍFICO: Refletindo sobre a construção histórica da ciência através de uma docência investigativa.

GALERA, Joscely Maria Bassetto

EPISTEMOLOGIA e CONHECIMENTO CIENTÍFICO: Refletindo sobre a construção histórica da ciência através de uma docência investigativa.
  

Resenhista: Maria Clara Macena
    
  No texto em questão, a autora reflete sobre a necessidade de ensinar ciência, não como uma verdade absoluta, mas como algo que precisa ser questionado. Mostrando que o processo de ensinar ciência não é transmitir conhecimentos, mas estimular o indivíduo a criticar, questionando as possibilidades para produzir a ciência.
      Faz parte do indivíduo aceitar os conceitos ditados pela ciência, esses conceitos é passado para o senso comum como algo que não se discute. O entendimento de ciência vai além da aceitação, é inquietação, significa conhecimento, sabedoria, a procura pelo saber,
      Segundo a autora foram os gregos os primeiros a se preocuparem com as condições de formação do conhecimento. Pois eles não criaram apenas a Filosofia, mas sistematizaram uma forma de saber. A mesma concorda com Platão quando afirma que toda coisa possuía uma forma ou idéia, isto é uma essência imutável que existia fora do espaço temporal, fora do mundo sensível. Aristóteles sucessor de Platão compreendia em contrapartida, que estas formas existiam pela possibilidade concreta da nossa relação com as coisas. Baseada nas contribuições de Newton, ela adere a fundamentação onde tudo que não é deduzido através dos fenômenos é uma mera hipótese e esta não tinha vez na sua filosofia empírica.
      A professora afirma que o cientificismo de Newton pelo endutivismo e empirismo gera uma forte e cega confiabilidade na ciência.
      O século XX vai se destacar como século que discutiu a ciência que colocou em questão sua evolução. A escola de Frankfurt partirá de uma revisão crítica de Marx, Hegel, Kant, Freud, Nieztche, entre outros. São representantes desta escola  Horkheimer, Adorno,  Benjamim,  Marcuse,  Fromm e  Habermas. Estes autores pretendem uma teoria crítica da sociedade contemporânea, a partir de uma avaliação dos processos sociais do nosso tempo como o nazismo, o estalinismo, o fascismo e os percalços do capitalismo que exprimem a crise da razão, configurada no positivismo.
      No texto percebe-se a caracterização do século XIX pela descoberta da historicidade do homem, da sociedade, das ciências e das artes, onde a filosofia foi influenciada por esse progresso, mas a evolução da historia colocou tal progresso em questão e fizeram com que cientista e filosofo desconfiasse da capacidade dos humanos de criar e manter uma sociedade mais justa.
      No decorrer do mesmo século o autor ainda nos mostra que as escolas ainda vão manter o modelo positivista. Porém outras escolas tentaram superá-las, mostrando que não existe um projeto único que englobe humanidade o que existe são muitos projetos de cada grupo, de cada cultura, de cada individuo.
      Ela conclui o texto, afirmando que o docente ao ensinar ciência coloca em prática o modelo epistemológico como se houvesse um caminho para uma única verdade. É preciso criar indivíduos críticos, pesquisadores e inconformados, que tenha vontade de ir além do que é medido, do que é dado nas mãos, o primeiro passo é o questionamento, não tendo a ciência vista como algo absoluto.

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